O edifício ergue-se como uma tenda. Três pontas criam as formas hiperbólicas vindas de uma simples equação matemática. Uma fina casca composta por painéis de concreto pendurados por cabos de aço compõe o revestimento da estrutura, criando uma textura que enfatiza o movimento das formas com as diferentes direções em cada plano.
Nas extremidades, mastros de aço envolvem os cabos que tracionam a estrutura.
No interior, um espaço para a projeção de luzes, som e filmes.
Um corredor inicial recebia os visitantes com uma composição de Xenakis, que além de arquiteto era compositor experimental, e os levava a uma passagem para o centro do pavilhão. Com uma superfície não homogênea, a obra envolvia o público num espaço de luz e som por oito minutos, enquanto era exibido um vídeo nas paredes do pavilhão ao som da composição de Edgard.
O projeto dessa experiência é criado por uma equipe multidisciplinar: um arquiteto, um artista e um compositor. Le Corbusier enfoca-se no desenvolvimento do interior, e Iannis Xenakis, que então trabalhava no escritório do arquiteto, recebe a responsabilidade do projeto do exterior. Para a composição do Poema, Edgard Varese foi o escolhido.
“Eu não vou fazer um pavilhão, mas um Poema Eletrônico e um vaso contendo o poema: luz, imagem, ritmo e som unidos numa síntese orgânica” —Le Corbusier.
- Ano: 1958